CHAMADAS
OCUPAÇÃO
Além das propostas desenvolvidas internamente, --FeVra_ e Recipiente Porongo acolhem projetos e trabalhos de diferentes linguagens da cultura.
EDITAIS
EXPOSIÇÕES
O espaço --FeVra_ e a Arte ConTexto poderão realizar chamadas para exposições, disponibilizando seu espaço expositivo e outras dependências do Recipiente Porongo.
CURSOS E OFICINAS
--FeVra_ e a área dos fundos do Recipiente Porongo são espaços que podem ser utilizados para artistas, educadores, pesquisadores e outros produtores que desejem desenvolver propostas com públicos variados.
RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS
Artistas interessados poderão ocupar uma área de mezanino disponível no Recipiente Porongo, tendo como mobiliários disponíveis armário, mesa de trabalho e um tanque como estrutura de suporte às suas produções. O acompanhamento de suas produções e a possibilidade de realização de exposições também podem ser consideradas. A sala de cursos localizada no espaço --FeVra_ poderá também abrigar por tempo limitado processos de criação para apresentações ou feiras.
ATIVAÇÕES QUE CABEM NO PORONGO
INDUÇÃO DE MOVIMENTOS E INTENSIDADES, ENTRETECIDAS POR DIVERSAS LINGUAGENS
MOSTRAS AUDIOVISUAIS
Seleções de cinema com curadoria, respeitando nas apresentações públicas a lei de direitos autorais. Mostras de cinema infantil, documentários, seleção de curtas seguidas de rodas de conversa.
LABORATÓRIOS
DE ESCRITA
A escrita torna possível a reprodução de variadas formas de pensamento, pesquisa, histórias; registradas para serem vivenciadas, quantas vezes forem acessadas.
No recipiente Porongo, inscrevemos por meio de escritas baseadas em pesquisa um outro modo de abordar um fruto oco com sementes em seu interior. Partindo de algo que existe concretamente, oferecemos ao pensamento a liberdade poética para inventar modos de se relacionar com ele. Compartilhamos esse recipiente de histórias como possibilidade de (re)elaborar diferentes formas de escritas em conjunto, agregando referências que incrementam modos de existir em coletividade.
ENCENAÇÕES
Como um espaço de ativações, o recipente Porongo abraça diferentes modos de interação entre as pessoas. Apresentações de teatro e performance oferecem experiências específicas, que contribuem para o alargamento da construção de sentidos, essencial em tempos de restrição de movimentos e da percepção do outro em presença, abafada pelas redes sociais e o universo digital.
EXPLORAÇÕES DE SONS E ESCUTAS
O porongo ou cabaça é amplamente utilizado em diversos lugares do mundo para confecção de instrumentos musicais, como flautas, tambores, chocalhos e outros instrumentos de corda, como o sitar indiano. A casca resistente e o ambiente oco são favoráveis à propagação de sons. Desse modo, o recipiente Porongo não poderia deixar de explorar diferentes maneiras de produzir e executar sons, sem deixar de considerar suas intensidades, as muitas formas de manifestações artísticas envolvidas, e os efeitos que produzem na escuta e nos corpos que a recebem.
DANÇAS E OUTROS MOVIMENTOS
Na Deli de 1973, um homem toca pungi, instrumento confeccionado com porongo e bambu, que consiste em um reservatório no qual o ar é soprado e depois canalizado para dois tubos. Com origem na música folclórica hindu, esse instrumento é muito usado pelos chamados "encantadores de serpentes". No entanto, não é o som propriamente que induz o animal a "balançar" e sair do cesto em que se encontra à frente do tocador, mas os movimentos de ondulação do próprio instrumento, além das vibrações sonoras produzidas e as batidas dos pés do "encantador".
Podemos pensar nos movimentos impulsionados não somente pela música, como também por vibrações, instruções, por algo no ambiente, um obstáculo, um agente que empurra ou puxa um corpo de um lugar a outro. Com isso, consideramos desde os movimentos planejados aos inconscientes, ou em repetição, que conduzem à exaustão do corpo.
CONVERSAS E LEITURAS COLETIVAS
Numa outra interação com as águas do Atlântico, que conduziu tanto à dominação forçada de povos africanos, quanto dos territórios alcançados e seus povos originários, o porongo fez o mesmo caminho, atendendo às necessidade de sobrevivência. De recipiente à instrumento produtor de sons, sua origem africana é um presente para o mundo, apesar de toda forma de violência a essas diferentes vozes amordaçadas.
A trajetória do fruto que serve ao homem, contrariando as perspectivas hegemônicas de aniquilação de toda ordem, é o ponto de partida para propor diferentes rodas de conversa, bate papos, relatos de experiências, palestras, seminários, e encontros como ativações para o exercício do pensamento crítico coletivo e para mudanças na direção da redução de desigualdades e injustiças sociais. Temas como o antirracismo, anticapacitismo, antietarismo, formas de maternar, o combate à misoginia, os direitos lgbtqiapn+, os direitos da infância, a conta que não fecha entre o trabalho doméstico e o mundo do trabalho, o combate à intolerância religiosa e à xenofobia, são gatilhos para esses movimentos em torno da fala e escuta.
LANÇAMENTOS
Há dezenas de milhares de anos, um tipo de fruto não comestível, parente das abóboras, chegou à America do Sul vindo da África pelas águas do oceano Atlântico. O fruto viria a ser considerado um presente da natureza para o homem, sendo utilizado, sobretudo, como recipiente. Essa peça natural côncava representa a forma que primeiro guardou substâncias essenciais, como o alimento e a água. Uma forma-receptáculo presente em todos os continentes, cujo uso se estendeu ao âmbito artístico.
Considerando sua história, o Porongo, enquanto espaço que recebe, visa contribuir com a difusão de produções variadas, impulsionando em seu recipiente a apresentação e a interação públicas.
ATIVIDADES PARA CRIANÇAS
As crianças são bem vindas ao Porongo, e com elas, a possibilidade de receber pessoas especializadas em atividades de recreação, contação de histórias, cantigas e outras ações voltadas para a infância. Entre elas, estão previstas ativações de arte-educação, como as oficinas de manipulações com pequenos porongos, confeccionando bonecos e outras variações de obetos-esculturas, sem esquecer dos estímulos à produçao de sons e trabalhos em torno da musicalidade.